Newton Mesquita

Newton Mesquita São Paulo/SP /1949. Formado em arquitetura em 1977, participa de mostras coletivas e salões oficiais desde 1972. Possui obras em importantes coleções no Brasil e no exterior e nos Museus: MASP Museu de Arte de São Paulo/SP; MAB Museu de Arte Brasileira – São Paulo/SP; MAC Museu de Arte Contemporânea de Londrina/PR; Pinacoteca do Estado de São Paulo/SP; MAM Museu de Arte Moderna – São Paulo/SP; Museu Afro – São Paulo/SP; Museu Salvador Allende – Santiago/Chile; Galeria Degli Ufizze- Florença/Italia. Realizou 52 exposições individuais de pintura, desenho, aquarela, gravura, fotografia, objeto e escultura.

Acervo

Título: Muito Perto
Código: GANM031
Medidas: 080x080 cm
Técnica: Acrílica sobre tela
Disponibilidade: Disponível
Título: Trem
Código: GANM
Medidas: 200x150 cm
Técnica: Acrílica sobre tela
Disponibilidade: Disponível
Título: Nascimento de Vênus, Releitura
Código: GANM
Medidas: 080x050 cm
Técnica: Acrílica sobre tela
Disponibilidade: Disponível
Título: Na Luz da Janela
Código: GANM023
Medidas: 090x070 cm
Técnica: Acrílica sobre tela
Disponibilidade: Disponível
Título: Venus e Cupido/Releitura-Livro
Código: GANM015
Medidas: 100x150 cm
Técnica: Acrílica sobre tela
Disponibilidade: Disponível
Título: Beijo Branco
Código: GANMOO9
Medidas: 100x100 cm
Técnica: Acrílica sobre tela
Disponibilidade: Disponível
Título: Realejo
Código: GANM003
Medidas: 100x100 cm
Técnica: Acrílica sobre tela
Disponibilidade: Disponível
Título: Beijo roubado
Medidas: 70x70 cm
Técnica: Acrílica sobre tela
Disponibilidade: Disponível
Título: Antes da festa
Medidas: 100x40 cm
Técnica: Acrílica sobre tela
Disponibilidade: Disponível

Critica

  • Apreciei que o amigo está sempre no sentido de uma constante inquietação, sem se acomodar, com seu espírito jovem e criador, abrindo novos rumos, nessa insatisfação que pertence somente a nós, os artistas. Aceite o carinhoso abraço do amigo de sempre. 

ARCANGELO IANELLI

 

“ Eu não filmo as pessoas; filmo o espaço que há entre elas. Tanto no cinema quanto na tela o que importa é esta tensão que vibra entre os corpos, esta energia que nos une e nos separa sem cessar. Esta é a essência do drama. Newton Mesquita sabe captar como poucos este espaço proibido que nos faz sofrer ou amar. Ele flagra esta mistura de auras, estas luzes que se fundem e explodem ou no ódio ou no gozo. As vezes entre corpos colados há um deserto de quilômetros, e em mãos que se acenam em cantos opostos do palco ou da tela há um amor sem fim. Nas cores de Newton e nas figuras que se entrevêem sob seu contraluz, seu rubro de tourada, seu vinho tinto de paixão, está fixado um mistério desta coisa que não ousamos dizer o nome, que chamamos vulgarmente de amor.”

ARNALDO JABOR

 

“…A pintura de Newton Mesquita é de uma objetividade notável. Ela é substantiva, qualidade que encontramos em toda pintura de alta linhagem. O artista cria uma realidade e ela se apresenta diante de nós, já desligada e independente da origem. É um ser espiritual e podemos dialogar com ela. Certamente verificamos constantes temáticas, um método de ver e fazer, uma certa atmosfera, alguns sentimentos recorrentes. E desta maneira sabemos que estes trabalhos foram feitos por um artista chamado Newton Mesquita. Em que outra pintura encontraríamos, juntos, este marcado sentimento de solidão e esta doce solidariedade ?”

JACOB KLINTOWITZ

 

“Cada qual, com sua sensibilidade, capta os múltiplos sinais deixados na tela pelo artista que, por sua vez, sabe que os semelhantes sempre serão diferentes entre si. Incansável no ofício de construir algo expressivo e revelador sobre as questões que lhe ocorrem, seja na vida ou na própria arte, ele tenta, com a técnica e os meios disponíveis, ampliar e, muitas vezes, superar a própria linguagem elaborada em anos e anos de desmedido esforço. De tempos em tempos ele abre sua vida aos outros. Tenta tocá-los propondo uma espécie de troca nem sempre afetiva. Em certos momentos isso não é tão importante, mas em outros, como agora, é fundamental. Assim definido, seu único interesse encontra-se na possibilidade de ver, sob diferentes reações, a emoção provocada pela obra. Melhor que o êxito fácil colhido às custas de recursos formais discutíveis e tão frequentes em todas as épocas. É certo que nem sempre ele pode mudar tudo. Mas seria isto realmente necessário para a criação de uma obra de arte? É o que parece querer dizer Newton Mesquita neste momento ao oferecer-nos sem alarde, com rigor e coerência, um gesto claro de amor à Pintura. Mais que qualquer outro ser, o artista escolhe um caminho e recria pacientemente seu próprio tempo. Como se sabe, muitos mestres fizeram isso ao longo da história.”

PAULINHO DA VIOLA

 

“Uma das tendências que mais caracterizam a desorientada arte brasileira da jovem geração é o realismo, o raporto entre o pintor e a realidade. Sem alusões ao ‘realismo histórico’ que teve na França a ação de Courbet, tudo indica que o real vai cada vez mais interessando os artífices. Há quem caia na ilustração, naturalmente, e no reprodutivismo da velha turminha brava do academismo; porém quem tem fôlego se distingue. Tudo depende da possibilidade e do quanto de engenho se mistura nas cores. Para nos referirmos a um exemplo: Caravaggio.

Passando da História à Crônica, este cronista registra a presença de Mesquita que nesta exposição apresenta cenas de mar e de porto, reduzidas a um sistema de projeção, comunicação rápida de signos chapados, às vezes aparecendo em miúdas retículas pré-moldadas sobressalentes, figurações de sabor elementar, símbolos de rápida perceptibilidade, para dar idéia de conjunto”.

PIETRO MARIA BARDI