Maramgoní

Acervo

Título: Le Pétit Châtelet
Código: GAWM017
Medidas: 100x150 cm
Técnica: Óleo sobre tela
Disponibilidade: Disponível
Título: Composição Urbana
Código: GAWM019
Medidas: 070x160 cm
Técnica: Óleo sobre tela
Disponibilidade: Disponível
Título: Cena Urbana Anos 40
Código: GAWM020
Medidas: 060X080 cm
Técnica: Óleo sobre tela
Disponibilidade: Indisponível
Título: Brooklin Bridge
Código: GAWM011
Medidas: 060x120 cm
Técnica: Óleo sobre tela
Disponibilidade: Indisponível
Título: New York-Madison Square
Código: GAWM002
Medidas: 080x130 cm
Técnica: Óleo sobre tela
Disponibilidade: Disponível

Critica

“As visões urbanas de Maramgoní estão caracterizadas por um fazer técnico que leva em conta princípios de arquitetura, como perspectiva e continuidade das linhas, mas, progressivamente, existe um processo de desconstrução daquilo considerado bem feito.

Nas telas trabalhadas em cinza, ocorre a visualização de uma cidade, mas esse referencial é, pouco a pouco, destruído, não de maneira aleatória, mas pela introdução, por exemplo, de mais de uma perspectiva em cada quadro ou pelo uso de massas de cor que quebram expectativas renascentistas de ou ainda por respingos à Pollock que, muito mais que marcas eventuais ou incertas, tendem a surgir a partir das próprias estruturas arquitetônicas evocadas.

A cidade, geralmente São Paulo, nesse processo de construção e desconstrução de imagens, pouco a pouco, perde seu referencial mais direto e se torna um local impessoal e universal. O que começa a ser ressaltado é a pincelada em si mesma e a técnica. Gradualmente, a preocupação deixa de ser o que se pinta para ser como se pinta.

Esse é o grande passo de um criador. No momento em que se debruça sobre o metiê, sobre a melhor maneira de resolver os problemas que a feitura coloca, o artista começa a mergulhar mais e melhor nas formas que encontra de desenvolver um assunto e uma técnica.

O universo urbano, pontuado pela entrada gradual de áreas abstratas que, muito menos que esconder a referencialidade exterior, a valorizam no sentido de promover um rico diálogo entre o manifesto e o sugerido, torna-se então a metáfora da velocidade pela qual o pintor paulistano parece aprimorar o seu trabalho.

Maramgoní oferece sua visão de arte por meio de uma obra que toma o universo citadino como ponto de partida. Cada nova imagem é um processo de consolidação de sua pintura no mundo e sua afirmação para estabelecer sua própria linguagem, lírica nos seus melhores momentos, abstrata, no sentido de colocar questões, e urbana por ter nos edifícios e na cidade o assunto que estimula a sua matriz criadora.”

Oscar D’Ambrosio (Excerto).